sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Plastos e Mitocôndria

Plastos
Classificação e estrutura dos plastos
Plastos são orgânulos citoplasmáticos encontrados nas células de plantas e de algas. Sua forma e tamanho variam conforme o tipo de organismo. Em algumas algas, cada célula possui um ou poucos plastos, de grande tamanho e formas características. Já em outras algas e nas plantas em geral, os plastos são menores e estão presentes em grande número por célula.
Os plastos podem ser separados em duas categorias:
  • cromoplastos (do grego chromos, cor), que apresentam pigmentos em seu interior. O cromoplasto mais freqüente nas plantas é o cloroplasto, cujo principal componente é a clorofila, de cor verde. Há também plastos vermelhos, os eritroplastos (do grego eritros, vermelho), que se desenvolvem, por exemplo, em frutos maduros de tomate.
  • leucoplastos (do grego leukos, branco), que não contêm pigmentos.

Cloroplastos
Os cloroplastos são orgânulos citoplasmáticos discóides que se assemelham a uma lente biconvexa com cerca de 10 micrometros de diâmetro. Eles apresentam duas membranas envolventes e inúmeras membranas internas, que formam pequenas bolsas discoidais e achatadas, os tilacóides (do grego thylakos, bolsa).
Os tilacóides se organizam uns sobre os outros, formando estruturas cilíndricas que lembram pilhas de moedas. Cada pilha é um granum, que significa grão, em latim (no plural, grana).

O espaço interno do cloroplasto é preenchido por um fluido viscoso denominado estroma, que corresponde à matriz das mitocôndrias, e contém, como estas, DNA, enzimas e ribossomos.
As moléculas de clorofila ficam dispostas organizadamente nas membranas dos tilacóides, de modo a captarem a luz solar com a máxima eficiência.

Mitocôndrias

Funções do cloroplasto

Se as mitocôndrias são as centrais energéticas das células, os cloroplastos são as centrais energéticas da própria vida. Eles produzem moléculas orgânicas, principalmente glicose, que servem de combustível para as mitocôndrias de todos os organismos que se alimentam, direta ou indiretamente, das plantas.
Os cloroplastos produzem substâncias orgânicas através do processo de fotossíntese. Nesse processo, a energia luminosa é transformada em energia química, que fica armazenada nas moléculas das substâncias orgânicas fabricadas. As matérias-primas empregadas na produção dessas substâncias são, simplesmente, gás carbônico e água.
Durante a fotossíntese, os cloroplastos também produzem e liberam gás oxigênio (O2), necessário à respiração tanto de animais quanto de plantas. Os cientistas acreditam que praticamente todo o gás oxigênio que existe hoje na atmosfera terrestre tenha se originado através da fotossíntese.
As mitocôndrias são organelas complexas presentes nas células eucarióticas e tem como função produzir a maior parte da energia das células, através do processo chamado de respiração celular.
Possuem duas membranas lipoproteicas: uma externa e uma interna com inúmeras dobras, além de moléculas de DNA, enzimas e ribossomos e têm capacidade de autoduplicação.
O tamanho, a forma, a quantidade e a distribuição dessas organelas varia de uma célula para outra. Em uma célula humana, por exemplo, pode existir entre 3000 e 5000 mitocôndrias aproximadamente.
Estrutura Mitocondrial
Mitocôndrias: Estrutura, Função e Importância
Estrutura da Mitocôndria
Mitocôndrias: Estrutura, Função e Importância
A dupla membrana é assim organizada: a membrana externa é semelhante a de outras organelas, lisa e composta de lipídeos e proteínas chamadas de porinas, que controlam a entrada de moléculas, permitindo a passagem de algumas relativamente grandes. A membrana interna é menos permeável e apresenta numerosas dobras, chamadas de cristas mitocondriais.
As cristas mitocondriais se projetam para um espaço central chamado matriz mitocondrial, que é preenchida por uma substância viscosa onde estão enzimas respiratórias que participam do processo de produção de energia.
Na matriz são encontradas os ribossomos, que produzem proteínas necessárias à organela. Eles são diferentes daqueles encontrados no citoplasma celular e mais parecidos com o das bactérias. Outra característica comum a bactérias e mitocôndrias são as moléculas circulares de DNA

Respiração Celular

A respiração celular é um processo de oxidação de moléculas orgânicas, tais como ácidos graxos e glicídeos, em especial a glicose, que é a principal fonte de energia utilizada pelos organismos heterotróficos.
A glicose é proveniente da alimentação (sendo produzida pelos organismos autotróficos através da fotossíntese) e convertida em gás carbônico e água, produzindo moléculas de ATP (adenosina trifosfato), as quais são usadas em diversas atividades celulares. Esse processo de produção de energia é muito eficiente, pois são produzidas cerca de 30 moléculas de ATP (por cada molécula de glicose), cuja capacidade de armazenar energia é maior do que qualquer motor construído pelo ser humano.

A degradação da glicose envolve diversas moléculas, enzimas e íons e acontece em 3 etapas: Glicólise, Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa. As duas últimas fases são as que mais produzem energia e ocorrem na mitocôndria, enquanto a glicólise acontece no citosol.
Cloroplastos

Os cloroplastos são organelas presentes apenas em células de plantas e algas, nas regiões que ficam iluminadas. Possuem cor verde devido à presença de clorofila e são responsáveis pela realização da fotossíntese.
Podem ter formas e tamanhos diferentes, além do que, na célula pode haver apenas um ou uma grande quantidade deles, isso varia de acordo com o tipo de planta.
Cloroplastos

Membrana Plasmática


Membrana Plasmática 


A membrana plasmática se trata de uma estrutura presente em todas as células, tanto eucariontes quanto procariontes, e é ela que separa o interior das células do meio externo. Não é à toa que esse envoltório está presente em todos os tipos celulares conhecidos. Ele possui uma característica de extrema importância para a manutenção da vida: a permeabilidade seletiva. Isso, basicamente, quer dizer que tudo o que entra e sai das células depende diretamente da membrana plasmática.


Endocitose e exocitose

Enquanto que a difusão simples e facilitada e o transporte ativo são mecanismos de entrada ou saída para moléculas e ions de pequenas dimensões, as grandes moléculas ou até partículas constituídas por agregados moleculares são transportadas através de outros processos.



Endocitose


Este processo permite o transporte de substâncias do meio extra- para o intracelular, através de vesículas limitadas por membranas, a que se dá o nome de vesículas de endocitose ou endocíticas. Estas são formadas por invaginação da membrana plasmática, seguida de fusão e separação de um segmento da mesma.

Há três tipos de endocitose: pinocitose, fagocitose e endocitose mediada.



Pinocitose


Neste caso, as vesículas são de pequenas dimensões e a célula ingere moléculas solúveis que, de outro modo, teriam dificuldades em penetrar a membrana.

O mecanismo pinocítico envolve gasto de energia e é muito seletivo para certas substâncias, como os sais, aminoácidos e certas proteínas, todas elas solúveis em água.

Fagocitose e Pinocitose

Em algumas células, ocorrem processos que permitem a entrada de partículas (sólidas ou líquidas) do meio externo para o interior da célula. Esses processos são chamados genericamente de endocitose e geralmente ocorrem em células que constituem organismos unicelulares, vivendo em meio aquoso.

Algumas células de organismos multicelulares também podem realizar esses processos, mas neste caso a função não é alimentar, e sim de defesa. A endocitose pode ocorrer de duas maneiras: por fagocitose ou por pinocitose.


Fagocitose


Processo utilizado pela célula para englobar partículas sólidas, que lhe irão servir de alimento. A célula produz expansões da membrana plasmática (pseudópodes) que envolvem as partículas e as englobam. Primeiramente, a partícula fica em uma bolsa que recebe o nome de fagossomo. Depois esta bolsa se une ao lisossomo, (que contém as enzimas digestivas), para que a digestão aconteça e os materiais úteis sejam aproveitados pela célula. Essa segunda bolsa recebe o nome de vacúolo digestivo e o processo todo é chamado de digestão intracelular heterofágica.

Quando o processo de digestão intracelular ocorre sem que o material digerido venha de fora por meio da fagocitose, isto é, quando ela digere material da própria célula (como organelas velhas em processo de degeneração) fala-se em digestão intracelular autofágica e os vacúolos são chamados de vacúolos autofágicos. A digestão intracelular autofágica é relacionada a um importante mecanismo das células eucarióticas chamado de apoptose, também chamada de suicídio celular. Este processo nada mais é do que a morte programada de uma célula que ocorre normalmente, pois ao longo do desenvolvimento muitas células morrem como parte normal do processo.


A morte programada é essencial para o desenvolvimento e funcionamento de vários tecidos.

Quando as células que já não têm utilidade perdem a capacidade de se autodestruir, elas perdem a função e formam massas de células como os tumores.

Em ambos os casos, o material não digerido permanece no interior da bolsa membranosa, que passa a se chamar vacúolo residual, podendo ser depois eliminado da célula. As amebas e protozoários, por exemplo, utilizam-se do processo de fagocitose para capturar partículas alimentares que, uma vez dentro da célula, são digeridas nesse processo. Em nosso organismo, alguns glóbulos brancos utilizam a fagocitose para englobar microorganismos invasores, como bactérias, inativando-as.

Pinocitose


Processo semelhante ao da fagocitose, pelo qual certas células ingerem líquidos ou pequenas partículas através de minúsculos canais que se formam em sua membrana plasmática. Quando as bordas desse canal se fecham, contendo o alimento em seu interior, forma-se uma bolsa membranosa chamada de pinossomo. Posteriormente esses materiais são digeridos e aproveitados pela célula. No organismo humano, por exemplo, é através do processo de pinocitose que as células do intestino delgado capturam gotículas de lipídios resultantes da digestão.

O caminho inverso também pode ser percorrido por determinadas substâncias que devem ser eliminadas da célula, em organismos unicelulares. Isto ocorre, por exemplo, através de um processo chamado de clasmocitose e que garante a eliminação de resíduos celulares não digeridos. Os resíduos envoltos em uma bolsa membranosa são levados até a membrana plasmática, onde a bolsa se funde a ela, eliminando seu conteúdo para o exterior da célula, em meio aquoso, em um processo inverso ao que ocorre na fagocitose.


Envoltórios das Células

Envoltórios das Células: Membrana Plasmática e Parede Celular, Resumo
envoltorios das celulas Envoltórios das Células: Membrana Plasmática e Parede Celular, Resumo..Apesar de termos o corpo totalmente feito de células, apenas algumas delas ficam em contato com o meio externo, as células de revestimento. Apesar disso, todas as células possuem envoltórios que tanto nos seres humanos quanto nos outros seres vivos, são de extrema importância nas relações de trocas com o meio extracelular.
Acredita-se que que essas estruturas que delimitam as células tenham sido uma de suas primeiras características, afinal como vimos na Hipótese da Evolução Gradual dos Sistemas Químicos, o fato de ter uma separação com o meio externo é que mais aproxima os coacervados das células e serve como evidência para a teoria.
membrana plasmática é o envoltório presente tanto em animais como em plantas. Formada por moléculas de fosfoslipídios d proteínas, ela também reveste o núcleo dos eucariontes e as organelas membranosas. Por conta de sua composição, ela é semipermeável, o que significa que permite a passagem de solvente mas dificulta a passagem de soluto.
                             mosaico fluido membrana plasmatica Envoltórios das Células: Membrana Plasmática e Parede Celular, Resumo

Esquema do Mosaico Fluido

.Essa passagem ocorre dando do lado externo para o interno quanto do interno para o externo. Partículas pequenas passam livremente enquanto as maiores têm sua passagem dificultada e até mesmo barrada.
Já a parede celular envolve apenas as células de plantas, alguns fungos, procariontes e protistas. Localizada na região externa à membrana plasmática, ela é constituida basicamente por peptidoglicano, celulose, sílica ou quitina. O tipo mais conhecido é o das plantas, formado por celulose.
.A parede celular é permeável  e muito resistente. No caso das plantas, pode sofrer impregnações e modificações que geralmente diminuem a permeabilidade e aumentam a resistencia, dando origem à tecidos e produtos que nós usamos no dia a dia. Os principais processos são: suberificação e impregnação por lignina.
parede celular Envoltórios das Células: Membrana Plasmática e Parede Celular, Resumo
.Como você pôde ver, os envoltórios realizam papéis de grande importância para as células. Além de delimitá-las, eles participam dos mecanismos de transporte através de membrana sendo os mais importantes:Difusão Simples, Difusão facilitada, Osmose e Transporte ativo.

Citologia

MATÉRIA

CITOLOGIA



A Citologia ou Biologia Celular é o ramo da Biologia que estuda as células.
A citologia foca-se no estudo das células, abrangendo a sua estrutura e metabolismo.
O nascimento da citologia e a invenção do microscópio são fatos relacionados. Em 1663, Robert Hooke cortou um pedaço de cortiça e observou ao microscópio. Ele notou que existiam compartimentos, os quais ele denominou de células.
A partir daí, a citologia começou a desenvolver-se como ciência. O avanço dos microscópios contribuiu para que as estruturas das células fossem observadas e estudadas.
TEORIA CELULAR
O estabelecimento da Teoria Celular foi possível graças ao desenvolvimento da microscopia.
A Teoria Celular apresenta postulados importantes para o estudo da Citologia:
  • Todos os seres vivos são constituídos por células;
  • As atividades essenciais que caracterizam a vida ocorrem no interior das células;
  • Novas células se formam pela divisão de células preexistentes através da divisão celular;
  • A célula é a menor unidade da vida.

As células podem ser divididas em dois tipos: as procariontes e eucariontes.
Procariontes
A principal característica da célula procarionte é a ausência de carioteca delimitando o núcleo celular. O núcleo da célula procarionte não é individualizado.
As células procariontes são as mais primitivas e possuem estruturas celulares mais simples. Esse tipo celular pode ser encontrado nas bactérias.
Eucariontes
As células eucariontes são mais complexas. Essas possuem carioteca individualizando o núcleo, além de vários tipos de organelas.
Como exemplos de células eucariontes estão as células animais e as células vegetais.
                                                 PARTES DA CÉLULA
As células eucariontes apresentam partes morfológicas diferenciadas. As partes principais da célula são: membrana plasmática, citoplasma e núcleo celular.
Partes da Célula Eucarionte
Estruturas presentes na célula eucarionte animal

Membrana Plasmática

A membrana plasmática ou membrana celular é uma estrutura celular fina e porosa. Ela possui a função de proteger as estruturas celulares ao servir de envoltório para todas as células.
A membrana plasmática atua como um filtro, permitindo a passagem de substâncias pequenas e impedindo ou dificultando a passagem de substâncias de grande porte. A essa condição damos o nome de Permeabilidade Seletiva.

Citoplasma

O citoplasma é a porção mais volumosa da célula, onde são encontradas as organelas celulares.
O citoplasma das células eucariontes e procariontes é preenchido por uma matriz viscosa e semitransparente, o hialoplasma ou citosol.

As organelas são pequenos órgãos da célula. Cada organela desempenha uma função diferente.


Mitocôndrias: Sua função é realizar a respiração celular, que produz a maior parte da energia utilizada nas funções celulares.
Retículo Endoplasmático: Existem 2 tipos de retículo endoplasmático, o liso e o rugoso.
O retículo endoplasmático liso é responsável pela produção de lipídios que irão compor as membranas celulares.
O retículo endoplasmático rugoso tem como função realizar a síntese proteica.
Complexo de Golgi: As principais funções do complexo de golgi são são modificar, armazenar e exportar proteínas sintetizadas no retículo endoplasmático rugoso. Ele também origina os lisossomos e os acrossomos dos espermatozoides.
Lisossomos: São responsáveis pela digestão intracelular. Essas organelas atuam como sacos de enzimas digestivas, digerindo nutrientes e destruindo substâncias não desejadas.
Ribossomos: A função dos ribossomos é auxiliar a síntese de proteínas nas células.
Peroxissomos: A função dos peroxissomos é a oxidação de ácidos graxos para a síntese de colesterol e respiração celular.
Saiba mais sobre as Organelas Celulares.

Núcleo Celular

O núcleo celular representa a região de comando das atividades celulares.
No núcleo encontra-se o material genético do organismo, o DNA. É no núcleo que ocorre a divisão celular, um processo importante para o crescimento e reprodução das células.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

MATÉRIA

Ácidos nucléicos

Os ácidos nucléicos são moléculas gigantes (macromoléculas), formadas por unidades monoméricas menores conhecidas como nucleotídeos. Cada nucleotídeo, por sua vez, é formado por três partes:

um açúcar do grupo das pentoses (monossacarídeos com cinco átomos de carbono);
um radical “fosfato”, derivado da molécula do ácido ortofosfórico (H3PO4).
uma base orgânica nitrogenada.
 
Sabia-se de sua presença nas células, mas a descoberta de sua função como substâncias controladoras da atividade celular foi um dos passos mais importantes da história da Biologia

. A partir do século XIX, com os trabalhos do médico suíço Miescher, iniciaram-se as suspeitas de que os ácidos nucléicos eram os responsáveis diretos por tudo o que acontecia em uma célula. Em 1953, o bioquímico norte-americano James D. Watson e o biologista molecular Francis Crick propuseram um modelo que procurava esclarecer a estrutura e os princípios de funcionamento dessas substâncias.

O volume de conhecimento acumulados a partir de então caracteriza o mais extraordinário conhecimento biológico que culminou, nos dias de hoje, com a criação da Engenharia Genética, área da Biologia que lida diretamente com os ácidos nucléicos e o seu papel biológico.

 

De seus três componentes (açúcar, radical fosfato e base orgânica nitrogenada) apenas o radical fosfato não varia no nucleotídeo. Os açucares e as bases nitrogenadas são variáveis.

Quanto aos açucares, dois tipos de pentoses podem fazer parte de um nucleotídeo: ribose e desoxirribose (assim chamada por ter um átomo de oxigênio a menos em relação à ribose.

Já as bases nitrogenadas pertencem a dois grupos:

as púricas: adenina (A) e guanina (G);
as pirimídicas: timina (T), citosina (C) e uracila (U).
 

Ciclos Biogeoquímicos


A Biogeoquímica é a ciência que estuda os processos químicos que ocorrem na atmosfera e hidrosfera, e mais especificamente, dos fluxos de elementos entre eles.
Os ciclos biogeoquímicos representam o movimento dos elementos químicos entre os seres vivos e a atmosfera, litosfera e hidrosfera do planeta.
Uma característica fundamental dos ciclos biogeoquímicos é o fato dos componentes bióticos e abióticos estarem intimamente relacionados.
O elementos químicos são retirados do ambiente, utilizados pelos organismos e novamente devolvidos à natureza. A vida está continuamente sendo recriada a partir dos mesmos átomos.
Quando um organismo morre, sua matéria orgânica é degradada pelos seres decompositores, representados por fungos e bactérias. Assim, os átomos que constituíam esse organismo retornam ao ambiente e podem ser novamente incorporados por outros seres vivos para produção de suas substâncias orgânicas.
Sem essa reciclagem, os átomos de alguns elementos químicos fundamentais para a vida poderiam desaparecer.
Para que ocorra o ciclo biogeoquímico é necessária a existência de um reservatório do elemento químico. Este reservatório pode ser a crosta terrestre ou a atmosfera. Além disso, são necessários os seres vivos que auxiliam no movimento dos elementos químicos.
Classificação dos Ciclos Biogeoquímicos
Os ciclos biogeoquímicos podem ser classificados em dois tipos básicos, conforme a natureza de seu reservatório abiótico:
Ciclo Gasoso: Possuem como reservatório a atmosfera. Exemplo: Ciclo do Nitrogênio e Ciclo do Oxigênio.
Ciclo Sedimentar: Possuem como reservatório as crosta terrestre. Exemplo: Ciclo do fósforo e Ciclo da Água.
Os elementos necessários à vida participam dos ciclos biogeoquímicos. São eles: a água, o carbono, o oxigênio, o nitrogênio e o fósforo.

Ciclo da Água

A água é fundamental para a vida e pode ser encontrada na natureza em três estados físicos: sólido, líquido e gasoso. A maior parte é encontrada na forma líquida.
O ciclo da água é representado basicamente pelas mudanças de seu estado físico, através da evaporação e transpiração.
De forma resumida, o ciclo da água ocorre da seguinte forma:
A água presente em lagos, rios e oceanos sofre evaporação. E as plantas liberam parte da água que absorvem através da transpiração.
O vapor de água encontra as camadas mais altas da atmosfera. Com o resfriamento, este vapor se condensa e forma as nuvens, que se precipitam na forma de chuva.
Assim, a água líquida atinge novamente a superfície terrestre.
Então, a água infiltra o solo e é absorvida pelas plantas. Os animais podem ingerir diretamente ou através da alimentação.
Aprenda mais sobre o Ciclo da Água.

Ciclo do Carbono

O carbono é o elemento que constitui as moléculas orgânicas.
A fotossíntese e a respiração são processos que governam o ciclo do carbono.
O ciclo do carbono consiste na fixação desse elemento pelos seres autótrofos, através da fotossíntese ou quimiossíntese.
Os seres autótrofos fixam o carbono na forma de compostos orgânicos. Assim, ficam disponíveis aos seres produtores e consequentemente, para os consumidores e decompositores, através da cadeia alimentar.
O CO2 retorna para o meio ambiente através da respiração, decomposição ou queima de combustíveis fósseis.
Aprenda mais sobre o Ciclo do Carbono.

Ciclo do Oxigênio

O ciclo do oxigênio consiste no movimento desse elemento entre os seus três reservatórios principais: a atmosfera, a biosfera e a litosfera. O oxigênio é liberado e consumido pelos seres vivos em diferentes formas químicas. Esses fatores fazem com que o ciclo do carbono seja mais complexo.
A fotossíntese é a principal responsável pela produção de oxigênio.
A atmosfera é o principal reservatório de oxigênio para os seres vivos, onde pode ser encontrado na forma de O2 e CO2.
O O2 é usado na respiração aeróbica de plantas e animais, na qual a combinação dos átomos de oxigênio e hidrogênio, formam moléculas de água.
O CO2 atmosférico é usado no processo de fotossíntese e seus átomos de oxigênio passam a fazer parte da matéria orgânica das plantas.
Através da respiração celular e decomposição da matéria orgânica, o oxigênio é restituído à atmosfera, fazendo parte de moléculas de água e gás carbônico.

Aprenda mais sobre o Ciclo do Oxigênio.

Ciclo do Nitrogênio

O nitrogênio é o elemento químico mais abundante da atmosfera terrestre. Encontrado na forma de N2, representa aproximadamente 78% do volume do ar atmosférico.
Porém, a grande maioria dos seres vivos não consegue assimilar o nitrogênio atmosférico. Para isso, necessitam das bactérias fixadoras de nitrogênio.
Existem quatro tipos de bactérias que participam do ciclo do nitrogênio:
Bactérias Fixadoras: absorvem o nitrogênio atmosférico e o transformam em amônia.
Bactérias Nitrificantes: bactérias quimiossintetizantes que oxidam a amônia e a transformam em nitrito e depois nitrato, forma assimilável pelas plantas. Assim, através da alimentação os animais podem obter o nitrogênio.
Bactérias Decompositoras: bactérias que atuam quando a matéria orgânica sofre decomposição e liberam amônia no ambiente.
Bactérias Desnitrificantes: bactérias que degradam de forma anaeróbica os compostos nitrogenados, como nitratos e amônia, e liberam gás nitrogênio para a atmosfera.
Aprenda mais sobre o Ciclo do Nitrogênio.

Ciclo do Fósforo

O fósforo é o material genético constituinte das moléculas de RNA e DNA. Também pode ser encontrado nos ossos e dentes.
Na natureza é encontrado apenas nas rochas, em sua forma sólida. Quando as rochas sofrem degradação, os átomos de fósforo ficam disponíveis no solo e na água.
As plantas podem obter o fósforo quando o absorvem dissolvidos na água e no solo.
Os animais obtém o fósforo através da água e alimentação.
O fósforo é devolvido ao ambiente pelos organismos decompositores, como resultado da degradação da matéria orgânica de plantas e animais. A partir daí, pode ser reciclado entre as plantas ou ser levado pela água da chuva até lagos e mares e se incorporar às rochas.


História da Citologia

 
- O pioneiro nas pesquisas com células foi o cientista inglês Robert Hooke. Foi ele quem, em 1665, fez a primeira observação de uma célula ao examinar um pedaço de cortiça em seu microscópio. Foi ele ainda quem utilizou pela primeira vez o termo “célula” para fazer referência aos espaços que havia observado na cortiça.
 
- No século XIX, a Citologia apresentou grandes avanços e descobertas, com o aprimoramento dos microscópios. Em 1838, o botânico alemão Matthias Schleiden, considerado o fundador da Teoria Celular, conseguiu comprovar a existência de células em plantas.
 
- Já em 1839, o fisiologista alemão Theodor Schwann, considerado o pai da Histologia Moderna, conseguiu mostrar que os seres humanos também possuíam células.
 
- Em 1858, ocorreu mais um grande avanço na Biologia Celular. O médico patologista alemão Rudolf Ludwig Karl Virchow chegou a conclusão de que as células dão origem a outras células.

Membrana plasmática


A membrana plasmática se trata de uma estrutura presente em todas as células, tanto eucariontes quanto procariontes, e é ela que separa o interior das células do meio externo. Não é à toa que esse envoltório está presente em todos os tipos celulares conhecidos. Ele possui uma característica de extrema importância para a manutenção da vida: a permeabilidade seletiva. Isso, basicamente, quer dizer que tudo o que entra e sai das células depende diretamente da membrana plasmática.


Estrutura

As membranas biológicas, inclusive as que delimitam organelas membranosas, possuem estruturas constituídas, basicamente, por lipídeos, proteínas e hidratos de carbono ligados a essas estruturas. A quantidade de cada um desses componentes varia bastante em função da função ou do tipo de célula ou estrutura que a membrana está envolvendo. As membranas são compostas de uma porção fluida e uma porção sólida, respectivamente lipídeos e proteínas. A estrutura se trata de duas camadas contínuas de lipídeos e, imersas ou associadas à bicamada, proteínas que conformarão a aparência de um mosaico, o que, muito provavelmente, deu origem ao nome do modelo: mosaico fluido.
Os principais lipídeos das membranas se tratam de moléculas relativamente complexas e longas denominadas fosfolipídeos. Eles nada mais são do que um tipo de lipídeo – os esfingolipídeos ou os fosfoglicerídeos – associado à molécula de fosfato. Esses fosfolipídeos possuem uma dupla afinidade com a água denominada anfipatia, ou seja, uma região da molécula é hidrofílica (com muita afinidade com água) polar e outra é hidrofóbica (“foge” da água, sem afinidade) apolar. Para facilitar a assimilação, pense num alfinete com não uma haste, mas duas. A cabeça do alfinete seria a região polar e as duas cadeias de ácidos graxos – as duas hastes – a região apolar. Nesse sentido, teríamos duas camadas dessas estruturas em que as cabeças ficariam nos limites externo e interno e uma região intermediária formada pelas cadeias apolares de ambas as camadas.

Uma vez que os meios intra e extracelular são compostos, essencialmente, por água, essa característica anfipática da membrana impede o trânsito de grande maior parte das substâncias importantes pra a manutenção da vida. Isso é resolvido pelo outro componente principal das membranas: as proteínas. Assim, a água e as substâncias dissolvidas nela que não conseguem passagem por meio dos lipídeos, são colocadas para dentro e para fora das células através das proteínas.

Como falado anteriormente, a proporção dos componentes da membrana é bem variável. No caso das proteínas, elas podem representar até metade da composição total desse envoltório. Outro detalhe importante é que cada tipo de membrana possui proteínas específicas de acordo com suas funções. Isso ocorre porque as proteínas funcionam como portas de entrada e saída de moléculas específicas, ou seja, determinadas moléculas usam um tipo de proteína para entrar na célula enquanto outros grupos não conseguem fazê-lo por essa mesma “porta”. Essa relação pode ser ilustrada pela seguinte analogia: uma pessoa não consegue entrar em uma casa pela “portinhola” de cachorros ou gatos.

Essas proteínas que compõem a membrana são divididas em dois grupos: extrínsecas e intrínsecas. As proteínas extrínsecas são as que se associam aos lipídios de maneira superficial, ou seja, estão aderidas à membrana na superfície interna ou externa da membrana. Já as proteínas intrínsecas se ligam aos lipídeos e também têm características anfipáticas, dificultando isolá-las. Nesse grupo, estão presentes as proteínas transmembrana, que são àquelas que se transpõem do meio externo ao meio interno da célula.

Por fim, os hidratos de carbono associados às proteínas ou aos lipídeos se tratam, basicamente, de açúcares que se associam às essas estruturas. Assim, esses conjuntos são conhecidos como glicolipídeos e glicoproteínas.

Funções

Como citado anteriormente, a principal função da membrana é o controle sobre o que entra e o que sai das células, a permeabilidade seletiva. Entretanto, se engana quem acredita que essa é sua única função. Além disso, a membrana também atua no reconhecimento e sinalização das células, eventos relacionados aos glicolipídeos, glicoproteínas e proteínas.

Enfim, essa estrutura é um elemento complexo que desempenha diversos papéis no ciclo celular. Assim, se torna indispensável para a manutenção da vida como se conhece, de fato, muito provavelmente, ela nem existiria sem o surgimento das membranas biológicas – incluindo aí a membrana plasmática.


Organelas-Citoplasmaticas 




quarta-feira, 10 de maio de 2017

Monossacarídeos


O que são, principais tipos e funções, carboidratos



Frutas: ricas em frutose (monossacarídeo)




O que são 


Os monossacarídeos são carboidratos simples, pois não sofrem o processo de hidrólise. Estes compostos orgãnicos,portanto, são carboidratos polimerizados. A maioria dos monossacarídeos possuem de 3 a 6 átomos de carbono. Constituem importante fonte de energia para o funcionamento e manutenção do corpo humano.


Principais monossacarídeos:


- Frutose: presente na maioria das frutas e também no mel. Sua principal função é fornecer energia para o corpo humano.


- Glicose: Também possui função energética. Encontrado também no mel e nas frutas.


- Galactose: presente na lactose (açúcar do leite). Fornece energia para o corpo humano.


- Ribose: compoem a estrutura do RNA (ácido ribonucleico).



DISSACARIDEOS 

Dissacarídeos, dissacáridos ou dissacarídios são cadeias orgânicas constituídas por duas unidades de monossacarídeos unidos por uma ligação glicosídica.[1] A variação entre as unidades de monossacarídeos garante a existência de um grande sortimento de dissacarídeos sintetizados pelos seres vivos.


Estrutura da sacarose, um dissacarídeo.

Quando dois monossacarídeos se unem para formar um dissacarídeo, uma molécula de água é perdida (conhecida comoSíntese por Desidratação), mas, quando duas moléculas menores combinam-se para formar uma molécula maior em uma reação de síntese por condensação,uma molécula de água é formada e removida.

Os dissacarídeos mais conhecidos são: a sacarose (na figura), dímero de glucopiranose e frutofuranose, comum em plantas, sendo explorado de forma comercial principalmente a partir da cana-da-índa (Saccharum officinarum); a maltose, dímero de glucopiranoses, encontrada de forma notável em todo o reino vegetal; a lactose, dímero de glucopiranose e galactopiranose, abundante no leite; e a trealose, dímero de glucopiranoses ligadas de forma não redutora, principal forma de transporte de energia dos insetos.

Durante o processo digestivo, os dissacarídeos, assim como os polissacarídeos, têm suas ligações glicosídicas quebradas (através da hidrólise) a fim de se obter monossacarídeos passivos de absorção pelo indivíduo. A hidrólise pode ser caracterizada como química (através da ação de ácidos ou bases) ou enzimática, sendo neste caso as enzimas responsáveis pela quebra da ligação.

Como exemplo de hidrólise, a molécula de sacarose é hidrolisada a glicose e frutose:

Sacarose + H2O → glicose + frutose






Polissacarídeo

Polissacarídeos, ou glicanos, são carboidratos que, por hidrólise, originam uma grande quantidade de monossacarídeos. São polímeros naturais. Por exemplo, a celulose é um polímero da glicose:

n glicose → Celulose + (n-1) H2O

Os polissacarídeos são então macromoléculas formados pela união de muitos monossacarídeos. Estes compostos apresentam uma massa molecular muito elevada que depende do número de unidades de monossacarídeos que se unem. Podem ser hidrolisados em polissacarídeos menores, assim como em dissacarídeos ou monossacarídeos mediante a ação de determinadas enzimas.

Nos organismos, os polissacarídeos são classificados em dois grupos dependendo da função biológica que cumprem:

polissacarídeos de reserva energética: a molécula provedora de energia para os seres vivos é principalmente a glicose (monossacarídeo). Quando esta não participa do metabolismo energético, é armazenada na forma de um polissacarídeo que nas plantas é conhecido como amido, nos animais e nos fungos como glicogênio.polissacarídeos estruturais: estes carboidratos participam na formação de estruturas orgânicas, estando entre os mais importantes a celulose, que participa na estrutura de sustentação dos vegetais.

Os polissacarídeos apresentam fórmula geral:

-[ Cx(H2O)y) ] n -

onde y geralmente é igual a x-1. Se dividem em: amido, celulose e glicogênio. Amido – É obtido somente pela ingestão de vegetais. Glicogênio - Não é formado pelo fígado Celulose - Ajuda na estrutura da parede celular.

terça-feira, 9 de maio de 2017

O que são Lipídios:

Funções e Tipos


Os lipídios ou gorduras são moléculas orgânicas insolúveis em água e solúveis em certas substâncias orgânicas, tais como álcool, éter e acetona. Também chamados lípidos ou lipídeos, essas biomoléculas são compostas por carbono, oxigênio e hidrogênio.

Tipos de Lipídios e Exemplos

Carotenoides

São pigmentos alaranjados presentes nas células de todas as plantas que participam na fotossíntese, junto com a clorofila, tendo papel acessório. A cenoura, por exemplo, é uma excelente fonte de caroteno e ao ser ingerida por um animal essa substância é precursora da vitamina A, fundamental para a boa visão.

Ceras

Presentes nas superfícies das folhas de plantas e do corpo de alguns insetos, as ceras de abelhas e mesmo aquela que há dentro do ouvido humano são outros exemplos desse tipo de lipídeo altamente insolúvel, que evita a perda de água por transpiração. São constituídas por uma molécula de álcool (diferente do glicerol) e 1 ou mais ácidos graxos.

Fosfolipídios

São os principais componentes das membranas das células, é um glicerídeo (um glicerol unido a ácidos graxos) combinado com um fosfato.

Glicerídios

Podem ter de 1 a 3 ácidos graxos unidos a uma molécula de glicerol (um álcool, com 3 carbonos unidos a hidroxilas-OH). O exemplo mais conhecido é o triglicerídeo, que é composto por três moléculas de ácidos graxos.

Representação da estrutura da molécula de colesterol e do triglicerídio.

Esteroides

São compostos por 4 anéis de carbonos interligados, unidos a hidroxilas, oxigênio e cadeias carbônicas. Os hormônios sexuais masculinos (testosterona) e femininos (progesterona e estrogênio), entre outros hormônios, e o colesterol são exemplos de esteroides.

Esquema representando a estrutura das lipoproteínas HDL e LDL.

As moléculas de colesterol associam-se às proteínas sanguíneas (apoproteínas), formando as lipoproteínas HDL ou LDL, que são responsáveis pelo transporte dos esteroides. As LDL carregam o colesterol, que se for consumido em excesso se acumula no sangue, já as HDL retiram o excesso de colesterol do sangue e levam até o fígado, onde será metabolizado. Por fazer esse papel de "limpeza" as HDL são chamadas de bom colesterol.

Funções

Os lipídios são uma importante reserva de energia, que é utilizada em momentos de necessidade, e está presente em animais e vegetais. Nos animais as células gordurosas formam uma camada que atua como isolante térmico, sendo fundamental para animais que vivem em climas frios.

Os óleos vegetais extraídos de sementes, como as de soja, de girassol, de canola e de milho contém ácidos graxos essenciais, que são usados na síntese de moléculas orgânicas e das membranas celulares. Esses lipídios essenciais também auxiliam a absorção das vitaminas A,D,E e K que são lipossolúveis e se dissolvem nos óleos. Como essas moléculas não são produzidas no corpo humano é importante o consumo desses óleos na alimentação.

Estrutura

Os lipídios são ésteres, isso quer dizer que são compostos por uma molécula de ácido (ácido graxo) e uma de álcool (glicerol ou outro).

São insolúveis em água porque suas moléculas são apolares, ou seja, não têm carga elétrica e por esse motivo não possuem afinidade pelas moléculas polares da água.







Conjuntivite

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